UM NÓ DE MARINHEIRO X PROCRASTINAÇÃO
ARTIGO
JUSTIÇA: UM NÓ DE MARINHEIRO X
PROCRASTINAÇÃO
É inegável que o advogado
exerce função essencial à justiça. Em tese, cabe a este profissional parte
importante no processo judiciário, seja de defesa ou acusação. Mas, ao mesmo
tempo em que pode ser decisivo para definir uma causa, o advogado também pode ser
um obstáculo ao bom andamento de um processo.
Para isso, conta-se com o seu
braço forte, o advogado, o qual, através dos conhecimentos adquiridos durante a
sua formação profissional, tem a difícil missão de proteger os interesses do
cliente.
Porém, nem sempre o cliente
que bateu às portas do Judiciário é atendido efetivamente em seu pleito. No
caso do nosso Judiciário baiano e brasileiro, geralmente não é bem atendido com
a celeridade esperada. Ao contrário, o cliente enfrenta uma longa e desgastante
espera.
Brincadeiras à parte, o caso é
sério. Evidentemente que se o advogado não age com lisura, é porque encontra
brechas nas leis. Exemplo: uma causa simples, onde a decisão é inevitável para uma
das partes, as possibilidades de alongamento do veredito geram descontentamento
na parte prejudicada e descrédito para o Judiciário. Sem falar que gera,
também, mais honorários para o advogado.
Por isso mesmo há várias
explicações para essa imagem negativa do advogado ter sido criada. Um amigo
meu, excelente advogado e uma das muitas exceções, costuma dizer que a
justificativa para isso está no comportamento pouco ético de alguns advogados,
que, em bom português, “queimam o filme” da categoria. Prefiro não acreditar
que existam advogados desonestos – embora em todas as profissões esse tipo de
pessoa exista, infelizmente.
Voltando ao foco do artigo,
sou daqueles que possuem opinião que a morosidade na Justiça tem vários
motivos. Para causas consideradas perdidas (ou ganhas, dependendo do ponto de
vista), existem as conhecidas manobras que empurram as definições das causas
para longos anos. Nesse quesito existem advogados “craques” na arte de
procrastinar (empurra com a barriga, para ser popular).
Acredito que nossa Justiça
precisa de uma sacudida. Mas acredito, também, que uma postura mais ética dos
profissionais que fazem o Judiciário, principalmente advogados - ajudaria a
desatar este nó de marinheiro que se tornou a Enfim, confio plenamente nos bons
operadores do direito e no judiciário.
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