A VERDADE VENCE O ATO DE PROCRASTINAR
ARTIGO/COLUNISTA
É
inegável que o advogado exerce função essencial à justiça. Em tese, cabe a este
profissional parte importante no processo judiciário, seja de defesa ou
acusação. Mas, ao mesmo tempo em que pode ser decisivo para definir uma causa,
o advogado também pode ser um obstáculo ao bom andamento de um processo.
Advogados
mercenários e clientes mal intencionados. Eis aí uma mistura explosiva. Para a
justiça uma combinação extremamente danosa. O cidadão que procura o Judiciário
anseia por um serviço rápido, adequado e efetivo.
Para
isso, conta-se com o seu braço forte, o advogado, o qual, através dos
conhecimentos adquiridos durante a sua formação profissional, tem a difícil
missão de proteger os interesses do cliente.
Porém,
nem sempre o cliente que bateu às portas do Judiciário é atendido efetivamente
em seu pleito. No caso do nosso Judiciário baiano e brasileiro, geralmente não
é bem atendido com a celeridade esperada. Ao contrário, o cliente enfrenta uma
longa e desgastante espera.
Nesse
particular, a imagem do advogado é ruim de uma forma geral no Brasil. Isso
mesmo! O advogado é mal visto no país. Quem nunca ouviu (ou fez) comentários do
tipo:
“Cuidado
com os bolsos, ele é advogado”;
“Sabe
o que é uma van cheia de advogados no fundo do oceano? Um bom começo!”;
e
a campeã:
“Sabe
porque cobra não pica advogado? Ética profissional”.
Brincadeiras
à parte, o caso é sério. Evidentemente que se o advogado não age com lisura, é
porque encontra brechas nas leis. Exemplo: uma causa simples, onde a decisão é
inevitável para uma das partes, as possibilidades de alongamento do veredito
geram descontentamento na parte prejudicada e descrédito para o Judiciário. Sem
falar que gera, também, mais honorários para o advogado.
Por
isso mesmo há várias explicações para essa imagem negativa do advogado ter sido
criada. Um amigo meu, excelente advogado e uma das muitas exceções, costuma
dizer que a justificativa para isso está no comportamento pouco ético de alguns
advogados, que, em bom português, “queimam o filme” da categoria. Prefiro não
acreditar que existam advogados desonestos – embora em todas as profissões esse
tipo de pessoa exista, infelizmente.
Voltando
ao foco do artigo, sou daqueles que possuem opinião que a morosidade na Justiça
tem vários motivos. Para causas consideradas perdidas (ou ganhas, dependendo do
ponto de vista), existem as conhecidas manobras que empurram as definições das
causas para longos anos. Nesse quesito existem advogados “craques” na arte de
procrastinar (empurra com a barriga, para ser popular).
Acredito
que nossa Justiça precisa de uma sacudida. Mas acredito, também, que uma
postura mais ética dos profissionais que fazem o Judiciário, principalmente
advogados - ajudaria a desatar este nó de marinheiro que se tornou a Enfim,
confio plenamente nos bons operadores do direito e no judiciário.
P.S.:
o direito vive de fatos, porém se alimenta de provas
Por: Sérgio Alves Lima
Administrador de Empresas
CRA-BA11489
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