CHEGA A 100 MIL ASSINATURAS EM 24 HORAS E ADESÃO PELA DEMOCRACIA E URNAS ELETRONICA
CIDADANIA
Adesão à carta em defesa da democracia e das urnas
eletrônicas chega a 100 mil pessoas em 24 horas
O movimento recebeu nas últimas horas o engajamento de nomes
como o da escritora e presidente interina da ABL Nélida Piñon, da atriz e
imortal Fernanda Montenegro, e dos ex-ministros do STF Joaquim Barbosa,
Francisco Resek e Nelson Jobim.
27/07/2022 16h41
Além de personalidades como Chico Buarque, Roberto
Setúbal, Ellen Gracie e Luiz Gonzaga Beluzzo, o movimento recebeu nas últimas
horas um engajamento de nomes como o da escritora e presidente interina da ABL
Nélida Piñon, da atriz e imortal Fernanda Montenegro, dos ex-ministros do STF
Joaquim Barbosa, Francisco Resek e Nelson Jobim, dos cantores Gal Costa, Zélia
Duncan, Maria Bethânia e Frejat, dos atores Antonio Calloni e Bruno Gagliasso,
do cineasta Fernando Meirelles, dos escritores Luís Fernando Veríssimo, Martha
Medeiros e Djamila Ribeiro, dos historiadores Eduardo Bueno e Lilia Schwarcz,
entre outros.
No
total, 12 ex-ministros do STF assinaram o documento.
A carta diz que recentes
"ataques infundados e desacompanhados de provas questionam a lisura do
processo eleitoral e o Estado Democrático de Direito tão duramente conquistado
pela sociedade brasileira".
"Nos próximos dias,
em meio a estes desafios, teremos o início da campanha eleitoral para a
renovação dos mandatos dos legislativos e executivos estaduais e federais.
Neste momento, deveríamos ter o ápice da democracia com a disputa entre os
vários projetos políticos visando convencer o eleitorado da melhor proposta
para os rumos do país nos próximos anos."
• Empresários assinam carta em defesa das urnas eletrônicas e da democracia
"Ao invés de uma festa cívica, estamos passando por momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições", diz trecho (leia carta completa abaixo).
Dentre os empresários estão Walter Schalka, presidente da Suzano; Roberto Setúbal, ex-presidente do Banco Itaú; Natália Dias, CEO da Standard Bank; Pedro Moreira Salles, presidente do conselho de administração do Itaú Unibanco; Pérsio Arida, ex-presidente do BNDES e do Banco Central; Tarcila Ursini, conselheira de administração da EB Capital, entre outros.
Também aparecem entre as assinaturas os artistas Arnaldo Antunes, as
atrizes Debora Bloch e Alessandra Negrini, os ex-jogadores de futebol Walter
Casagrande e Raí, o cineasta João Moreira Salles e padre Júlio Lancellotti, que
atua na defesa da população de rua em São Paulo.
As pessoas interessadas em assinar o documento poderão fazê-lo online pelos sites da Faculdade de Direito da USP, da Associação de Juízes Federais, Associação do Ministério Público e do Grupo Prerrogativas.
O conteúdo será apresentado na sede da Faculdade de Direito da USP, no
Centro de São Paulo, em 11 de agosto, com Roberta Estrela D'Alva como
cerimonialista. A data comemora o aniversário da criação dos cursos de direito
no país e coincide com a leitura de manifesto no mesmo local em 1977 para
denunciar a ditadura militar, que subtraiu direitos e matou opositores do
regime.
Celso de Mello, ministro aposentado e ex-presidente do STF, afirmou à TV
Globo, sobre o momento político atual, que "os diversos pronunciamentos de
Bolsonaro, especialmente aqueles que injustamente ofendem e atacam o Supremo
Tribunal Federal, o Tribunal Superior Eleitoral e o sistema eleitoral, são
suficientes para revelar a figura de um político sem qualquer noção dos limites
que o regime democrático e o dogma constitucional da separação de Poderes
impõem a quem, como ele, exerce as altas funções de presidente da
República".
Segundo Mello, "torna-se vital reconhecer que o
regime democrático, analisado na perspectiva das delicadas relações entre o
poder e o direito, não terá condições de subsistir, quando as instituições
políticas do Estado falharem em seu dever de respeitar a Constituição e as leis
da República, pois, sob esse sistema de governo, não poderá jamais prevalecer a
vontade de uma só pessoa, de um só estamento, de um só grupo ou, ainda, de uma
só instituição".
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