Petroleiros da Bahia estão rejeitando contraproposta da Petrobrás para o ACT
Nas
assembleias que acontecem desde o dia 11/08, nas unidades do Sistema Petrobrás
na Bahia, os petroleiros estão aprovando os indicativos da FUP e rejeitando a
contraproposta da estatal, considerada uma ofensa e uma provocação, pois além
de propor reajuste zero, enquanto dá aumentos escandalosos para a Diretoria, a
gestão Castello Branco quer impor perdas significativas para a categoria.
Também, está sendo
aprovada nas assembleias a proposta da FUP de prorrogar o atual ACT, durante o
estado de calamidade pública e enquanto um novo acordo não for celebrado com a
Gestão do Sistema Petrobrás.
Até o momento, 98,37% dos
petroleiros disseram não à contraproposta da gestão bolsonarista de Castello
Branco, 0,81% foram a favor e 0,81% se abstiveram. Os mesmos percentuais são
aplicados na aprovação da proposta de prorrogação do ACT, que está ganhando por
ampla maioria.
As assembleias acontecem até o dia 17/08 (segunda-feira)
Contraproposta é um desrespeito:
Ø 0% de reajuste no salário e em todos os benefícios
Ø Fim do adicional de campo terrestre
Ø Retirada da HE dos feriados trabalhados no turno (dobradinha) no
Carnaval, 21 de abril, 1º de maio, 7 de setembro e 15 de novembro
Ø Redução da HE troca de turno para 50%
Ø Estabilidade de emprego: empresa rejeita pactuar no ACT o acordo
que já firmou com o MPT, que proíbe demissão coletiva por 5 anos sem discussão
prévia com os sindicatos. Também se nega a negociar estabilidade perto da
aposentadoria.
Ø AMS: reajuste do grande risco em até 1422% (média de reajuste em
143%); acaba com a autogestão do RH; aumenta a relação de custeio para os
beneficiários e reduz a participação da empresa (60 empresa x 40
trabalhadores/hoje é 70×30); mantém a caixa preta da AMS, sem auditoria
independente; mantém o pagamento por boleto.
Ø Teletrabalho: se recusa a negociar o regramento no ACT. Propõe
reunião específica, sem deixar claro que será uma reunião informativa ou
negociação.
Ø Fundo garantidor: se recusa a discutir garantias para os
trabalhadores terceirizados
Ø Rejeita a proposta de abono de faltas em função do
acompanhamento de dependentes a consultas médicas e a exames
Ø
Rejeita a proposta de
deixar explicito um direito já existente, para evitar interpretações contrarias
na atual cláusula 57 do ACT, de garantia ao transporte para as trabalhadoras
lactantes que usufruem da redução de jornada de 8h para 6h.
Principais reivindicações dos petroleiros e petroleiras
Ø Prorrogação do ACT enquanto durar o estado de calamidade pública
Ø Regramento do teletrabalho, com cláusulas protetivas no ACT, com
respeito à jornada de trabalho e garantia de que a adesão seja opcional
Ø ACT por dois anos – 2020-2022
Ø Regramento das tabelas de turno no ACT, com proteção à jornada
de trabalho, relação trabalho x folga e preservação da quinta turma
Ø Manutenção da AMS como plano autogerido pelo RH;
Ø Ajustes nas cláusulas que foram objeto de mediação no TST: hora
extra na troca de turno, banco de horas, efetivos
Ø Medidas protetivas para os trabalhadores terceirizados,
restabelecimento do fundo garantidor
Ø Reajuste pelo IPCA (estimativa de 2,3%) e ganho real de 2,2%,
correspondente às perdas inflacionárias verificadas entre 1° de setembro de
2016 e 31 de agosto de 2019
Ø Recomposição dos efetivos
Ø Condições seguras de trabalho
Ø Defesa da Petros
Ø Segurança no emprego
Conheça o calendário de assembleias e participe!
Clique aqui para ver o quadro com o resultado parcial das assembleias
Fonte:Sindipetro Bahia
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